Consciência humana – por Dra. Edilaine de Gois Tedeschi

Consciência humana – por Dra. Edilaine de Gois Tedeschi

dra-edilaine-ok Consciência humana - por Dra. Edilaine de Gois Tedeschi
O dia 20 de novembro foi escolhido para lembrarmos da importante questão do preconceito contra as pessoas negras, tanto o é que o feriado foi batizado de consciência negra.
​​Em um dia tão importante como esse soubemos do episódio lamentável do assassinato de um homem negro no interior do Hipermercado Carrefour pelosseguranças do próprio do estabelecimento.
​​No mundo todo o preconceito contra a raça negra é real, tanto é que por longos anos tivemos o apartheid onde explicitamente havia a separação na África do Sul entre Brancos e Negros, esse movimento foi considerado o maior movimento político de segregação racial que perdurou de 1948 até 1993. 
​​Hoje não temos mais a segregação racial explícita, mas temos a dissimulada que permeia o mundo como um todo. E a segregação racial não se refere somente aos negros, mas sim a todo e qualquer cor de pele, etnia, religião e opção sexual.
​​Hoje vivemos um preconceito geral não só em relação à cor da pele, mas também, em relação ao corpo, ao tamanho, à classe social, às roupas usadas, perdeu-se a noção de educação, de respeito à cultura e à individualidade do próximo.
​​O dia da Consciência Negra tem raízes históricas pois foi o grupo social escravizado e comercializado comoobjeto durante muitos anos, mas com a liberdade dos escravos, criou-se outra escravidão disfarçada que foi a escravidão dos imigrantes que fugidos das guerras vinham para o Brasil e trabalhavam nas diversas fazendas, onde recebiam os salários, mas só podiam gastar nas vendas e armazéns dos proprietários da própria fazenda e sempre estavam endividados e sofriam também castigos físicos se decidissem rebelar-se contra o senhorio. Então por que não criar o feriado da consciência do imigrante?
​​Ao rotular-se as pessoas como negras, brancas, albinas, pardas etc., criamos a diferença entre os povos, e essa diferença não poderia existir. Incentivamos cada vez,mas a diferença para criar roupas para o público afrodescendente e roupas para o público que não pertencem a esse grupo. Essa atitude não é saudável para ninguém. 
​​Temos o direito assegurado constitucionalmente de liberdade, o qual compreende respeito às raças, cor de pele, escolha religiosa, de opção sexual e política, esse mandamento constitucional já deveria ser o suficiente para vivermos em harmonia, no entanto, não é. Precisamos de um dia específico para que nos lembre o valor do respeito.
​​Acredito que o Dia da Consciência Negra, embora tenha características históricas importantes, deveria mudar de nome para o DIA DA CONSCIÊNCIA HUMANA.
​​A consciência de que somos iguais mesmo com características físicas diferentes e que temos o dever de respeitar o próximo para que também sejamos respeitados é que nos torna capazes de não cometer atrocidades como o ocorrido no interior do Hipermercado Carrefour.
​​O ser humano é o que importa e sua cor não é relevante o que importa é o respeito pelo ser Humano.

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thiagomelego

Jornalista por tempo de serviço, Radialista, Administrador, tecnólogo em Recursos Humanos. Estuda Análise e Desenvolvimento de Sistemas.

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