“Paz de criança.” – Por José Luiz Ricchetti

“Paz de criança.” – Por José Luiz Ricchetti

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Esta semana assisti novamente o filme ‘O Menino do Pijama Listrado’. Não sei se vocês já o assistiram, mas é um filme comovente, baseado no livro de John Boyne.

O filme é ambientado na Alemanha Nazista e narra a história de duas crianças que acabam se encontrando no ambiente da segunda guerra e desenvolvem uma grande amizade.

Este filme nos traz a uma oportuna reflexão, sobre o comportamento das duas crianças, em pleno holocausto, que deixam as suas ideologias de lado e iniciam uma amizade cercada de plena inocência, criando um forte relacionamento, entre eles.

Um dos meninos é filho de um oficial nazista e a outra uma criança judia. O filho do oficial alemão vive nos arredores do campo de concentração onde o pai é um dos comandantes e a outra criança judia é prisioneira deste mesmo campo.

Temos de um lado impregnadas no menino alemão, as fortes marcas da ideologia nazista e do outro a vida de provações, revoltas e sofrimentos de um simples menino judeu, que não conhecia a alegria, vivendo sempre sob o domínio do medo e da opressão.

Ambas as crianças foram criadas com valores e ideologias diferentes, mas a amizade e o amor entre eles prevalecem, pois, uma verdadeira amizade nunca leva em conta qualquer ideologia.

Onde foi que erramos e perdemos tudo isso? Por que será que desapareceu no tempo essa linda ingenuidade e nos esquecemos da nossa pureza de crianças e partimos para o preconceito, a agressão, a ofensa, a hipocrisia, quando adultos?

Quando somos crianças nossos valores incluem a honestidade e a consciência, que nos fazem ver um mundo onde se privilegia a igualdade, sem diferenças ou superioridades.

Hoje, adultos, vemos estabelecidos em nós uma total falta de controle, gerando nossos maus comportamentos que só alimentam preconceitos.

O que estamos vendo no mundo hoje, é uma grande divisão entre seres humanos, entre irmãos, por problemas de raça, credo, gênero, opções sexuais, ideologias, etc. sem que quase ninguém busque o diálogo e a luta por seus ideais sem violência.

Nada parece escapar do egoísmo das pessoas que agem sempre como donas da verdade absoluta, sem dar oportunidade ao diálogo e ao entendimento, preferindo o uso indiscriminado de qualquer desgraça, para puro uso político, criando protestos que seriam válidos se fossem pacíficos e não baseados em agressões e vandalismos.

Nesta última semana vimos, por exemplo, a morte de um negro americano, por um policial, gerando enorme revolta, mas por outro lado, manifestações plenas de cenas chocantes de saques e vandalismos.

No Brasil, um grupo de jovens fez também passeatas, queimando a bandeira, do seu próprio país, depredando bens públicos e privados, usando da mesma intolerância que dizem sofrer e pregando democracia, com violência!

Na mesma semana, procurei advertir, um jovem, famoso por defender valores de diversidade, quando se esqueceu completamente do que prega, ao usar o seu Face Book e influência digital, para incitar seguidores a boicotar empresários, politicamente antagônicos ao seu pensamento político.

E agora, nesta semana, vimos a morte trágica de um garoto, a exemplo do caso Marielle, logo ser transformado em bandeira política de luta de classes e de raça, sem qualquer respeito à dor da família.

Estamos na era da politização, do rótulo e da violência para tudo!

Se alguém defende um determinado ponto de vista, expressado por uma pessoa que é reconhecidamente de esquerda, ele se torna na hora um reacionário e comunista. Se por outro lado, defende a ideia de alguém, reconhecidamente de direita, ele se torna, na mesma hora, um conservador e um fascista!

Precisamos voltar no tempo e revermos os nossos valores de quando éramos crianças e buscar a boa vontade que existe em cada um de nós e que se concentra em ser feliz.

Num processo simples de busca do nosso bem-estar, de ver tudo sem qualquer discriminação, sempre focados no diálogo, na conversa, procurando fazer amigos sem agredir ninguém, mantendo um ambiente de paz.

As crianças nunca veem nada com o viés da ideologia, elas estão apenas preocupadas na amizade e no bem-estar do seu próximo, como se vê nas duas crianças do filme, onde a amizade era superior a qualquer distância, barreira ou valores.

Todos nós já fomos crianças, mas infelizmente, nos dias de hoje, parece que poucos ainda se lembram disso.

Temos que resgatar essa criança que mora em cada um de nós, pois afinal a simplicidade de uma criança é o que mais nos aproxima do amor de Deus!

E crianças são como borboletas, cada uma tem um formato, uma cor ou textura diferente, mas todas voam, cada uma a seu jeito e cada uma delas é única, diferente, especial.

Todos nós temos o mesmo direito de voar, mas desde que seja em paz!

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thiagomelego

Jornalista por tempo de serviço, Radialista, Administrador, tecnólogo em Recursos Humanos. Estuda Análise e Desenvolvimento de Sistemas.

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