A palavra Páscoa vem do hebraico Pessach e quer dizer passagem ou passar além, essa data é comemorado por Judeus, Católicos e Evangélicos de formas diferentes. Para os Judeus a Páscoa é a comemoração da libertação dos judeus que eram escravos no Egito, é a comemoração da vida do povo em liberdade, da formação da nação judaica. Para os Católicos a Páscoa, significa renascimento, é a data em que se comemora a ressureição de Jesus Cristo após sua morte na Cruz. Simbolicamente é a passagem da morte para a vida eterna. Para os Evangélicos a Páscoa significa “passagem” e o domingo de Páscoa, significa a redenção da humanidade.
A Páscoa como se vê nos remete à vida nova ao renascimento. E será que é possível renascer durante a Pandemia? Será que é possível renascer em meio à paralização global da economia? Sobreviveremos para renascer?
Hoje essa colunista, não escreverá nada sobre Direito, pois as mudanças mais significativas no Direito ocorrerão a partir desta semana, e teremos novidades nas multas do FGTS por dispensa do trabalho, nos contratos privados, principalmente nas mensalidades escolares, contratos de locação, de financiamento, enfim, vamos aguardar as novidades legislativas.
Hoje convido os leitores à reflexão sobre a nossa urgente mudança de pensamento. Recentemente compartilhei nas redes sociais um texto que dizia sobre atirar a primeira pedra e o texto começava perguntando ao leitor se ele já havia atirado alguma pedra naquele dia.
Essa perguntinha básica me faz pensar em quantas pedras são atiradas diariamente pelas redes sociais, por pessoas de alto nível de conhecimento, pessoas com doutorado, pós-doutorado, mestrado em diversas áreas e que todos os dias, jogam suas pedras nas autoridades legalmente constituídas que estão no comando do País, do Estado e do Município. Alguns, com especialidade em Direito, mantém o discurso de que o Presidente não os representada, o Governador não os representa, o Prefeito não os representa, esquecendo que gostando ou não, a Constituição Federal os legitimou através do pleito eleitoral, a ocuparem os cargos que estão ocupando, gostem ou não, são autoridades e merecem respeito.
No entanto, não raras vezes, essas pessoas além de jogarem pedras, proferem palavras realmente ofensivas, tais como “Canalha”, “Estúpido”, ” Imbecil”. Ora dirão alguns, é a apenas a opinião do internauta, e eu lhes direi, quando está na rede, não é mais opinião e os adjetivos poderão ser capitulados como crimes contra a honra: Injúria, Calúnia e Difamação.
E no que essa atitude se relaciona com a Páscoa? Ora leitor, muitos desses internautas, são fervorosos religiosos, que louvam a Deus, a Jesus Cristo, e atiram pedras e mais pedras em tudo e em todos.
Estamos todos, sem exceção, passando por uma tragédia mundial, além da doença provocada pelo Vírus, teremos uma recessão mundial sem precedentes e no Brasil os internautas atiram pedras, ofensas e mais ofensas., discutem sem nenhum parâmetro científico qual remédio é ou não eficaz para tratar a COVID-19.
Pessoalmente discordo de algumas atitudes políticas, pois acho que agora não é hora de sair no meio povo em busca do eleitorado perdido, nem tão pouco, aproveitar-se da tragédia para fazer um palanque eleitoral, no entanto, essas atitudes devem ser analisadas com respeito e seriedade e não com ofensas.
Afinal quem realmente tem a solução para esse grave problema? Ninguém sabe a solução, se é isolamento total, parcial, vertical, horizontal. Ninguém sabe o que deve ser feito, apenas um segue o que o outro País fez e que está dando certo. Ninguém tem certeza se a Hidroxicloroquina terá efeitos colaterais devastadores ou não. Afinal a ciência é acerto, erro, observação, conclusão. Para que então atirar tantas pedras e inflar as redes sociais com tanto desamor.
Chega de sentimentos e ações ruins. Essa Páscoa nos convida de maneira obrigatória a refletir profundamente. Vamos pensar no que eu estou fazendo pelo meu próximo? Vamos pensar que o meu próximo não é só minha família, meu próximo também é a coletividade onde estou inserido. Vamos refletir que esse não é o momento de elegermos vilões políticos e culpados, e sim pensarmos em soluções que nos permita sobreviver, trabalhar, sem adquirir o vírus. Esse é o convite desta Páscoa!
Eu acredito que a Páscoa é renascimento, é passagem para o novo, é redenção. Então quem sabe não é a hora de parar de atirar pedras e dar palpites, e começar a orar mais, amar mais, valorizar mais os amigos e a família… Chega de ódio! Chega de pedras. É tempo de amar teu próximo, de ser solidário!
Talvez seja essa a solução! A mudança de pensamentos e atitudes é urgente!
Boa Páscoa!