Acidentes com animais peçonhentos caem em Botucatu, mas escorpiões ainda preocupam em 2025

Botucatu registra queda nos acidentes com animais peçonhentos em 2025, mas escorpiões seguem como principal ameaça. Com 57 notificações até o momento, a maioria envolvendo escorpiões, adultos jovens são os mais afetados. Não houve mortes, mas especialistas reforçam a importância da prevenção e do atendimento rápido.

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Maioria dos acidentes envolve escorpiões e atinge adultos jovens

Em 2025, Botucatu já soma 57 notificações de acidentes com animais peçonhentos, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A maioria dos casos, 35, resultou de contato com escorpiões, representando mais de 60% das ocorrências. Apesar de nenhum óbito ter sido registrado, o alerta permanece, especialmente diante da vulnerabilidade de crianças e idosos, que podem ter complicações graves mesmo nos casos classificados como leves.

A análise do perfil das vítimas revela que pessoas entre 20 e 59 anos são as mais atingidas, com destaque para a faixa de 20 a 29 anos. Homens lideram as notificações em todas as idades. Ainda assim, o cuidado deve ser ampliado para toda a população.

Os registros apontam também para uma tendência de queda nos acidentes ao longo dos últimos anos. Foram 270 notificações em 2023, 185 em 2024 e 57 em 2025 até agora. O histórico mostra variações: 233 casos em 2022, 216 em 2021, 191 em 2020, 302 em 2019, 326 em 2018 e 295 em 2017. Mesmo assim, a presença dos animais em áreas urbanas é motivo de preocupação constante, inclusive no inverno, época em que o risco não desaparece.

Em 2025, além dos acidentes com escorpiões, houve 6 registros envolvendo abelhas, 8 relacionados a aranhas, 3 a lagartas e 2 a serpentes.

O perigo dos escorpiões, parentes das aranhas e carrapatos, está nos sintomas que podem causar: desde dor intensa, vermelhidão e formigamento até manifestações mais graves como vômitos, tremores e alterações na pressão — principalmente em crianças. O escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) é o mais temido do país, capaz de se reproduzir sem a presença de macho, mas outras espécies também preocupam, como o Tityus bahiensis e o Tityus stigmurus.

O Ministério da Saúde alerta que não há eficácia em tratamentos caseiros; a orientação é procurar atendimento médico imediato. O soro específico está disponível em hospitais de referência do SUS.

Entre as recomendações de prevenção estão manter o ambiente limpo, evitar acúmulo de lixo, controlar baratas, instalar telas em ralos e portas e sempre sacudir roupas e sapatos antes de usá-los. O uso de pesticidas não é recomendado, pois pode aumentar a exposição aos escorpiões.

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