(Texto criado e escrito por José Luiz Ricchetti)

Não é de hoje que a gente ouve falar sobre o ‘complexo de vira-lata’ do brasileiro. Não sabemos dar valor ao que temos ou ao que somos.
Certa vez, em viagem de trabalho aos USA, conversando com um executivo americano, me desculpei por não ter ainda um inglês com dicção e fluência quanto a dele, exatamente por não ser minha língua nativa, e me surpreendi com sua resposta, quando ele me disse:
– Você devia se orgulhar e não se desculpar, pois já sabe mais de uma língua. Os executivos americanos, na sua grande maioria, não se preocupam em aprender nenhuma outra língua e se acomodam com o seu inglês nativo.
Todos nós seres humanos, em geral, temos como desejos de ser feliz, progredir e ganhar dinheiro, mas assim como há pessoas pobres e pessoas ricas existem países pobres e países ricos.

Se a diferença entre países pobres e os ricos fosse a antiguidade Índia e Egito, que tem mais de mil de anos não seriam pobres.
Por outro lado, Austrália e Nova Zelândia, que têm pouco mais de 150 anos são hoje, países desenvolvidos.
A diferença entre países pobres e ricos também não está nos recursos naturais, pois se fosse assim o Japão, que tem um território minúsculo, e é um país feito de pequenas ilhas não seria uma das grandes potências do mundo.
A Suíça não tem oceano, mas possui uma das maiores frotas náuticas do mundo; não tem cacau, mas tem o melhor chocolate; cultiva o pouco solo que tem somente alguns meses do ano, mas por outro lado produz os lácteos de melhor qualidade no mundo. Muito embora seja um país pequeno passa uma imagem de segurança, ordem e trabalho, o que o transformou na caixa forte do mundo.
Também não é a inteligência das pessoas que faz a diferença, pois os estudantes de países pobres, quando emigram para os países ricos, conseguem excelentes resultados e muitos se destacam em pesquisa e desenvolvimento.
Outro exemplo, quando passamos a ter um contato mais estreito com os executivos de países ricos, nos damos conta de que não há nenhuma diferença intelectual entre nós.
Finalmente não podemos dizer que a raça, o credo, o gênero, ou qualquer outra característica pessoal faz a diferença, pois todos nós, chamados de subdesenvolvidos, estamos sempre demonstrando a nossa força produtiva, onde quer que estejamos neste mundo.
Então o que é que faz a diferença?
Se estudarmos a conduta das pessoas, nos países ricos, iremos descobrir que a maior parte da população cumpre determinadas regras, independente da sua ordem, e são elas que fazem toda a diferença:
- A moral como princípio básico
- Ordem e Limpeza
- Integridade
- Pontualidade
- Responsabilidade
- Autossuperação
- Respeito às leis
- Respeito ao direito dos demais
- Amor ao trabalho e a família
- Respeito as instituições e ao mandatário do país
Assim não é necessário termos uma infinidade de leis, basta cumprirmos estas pequenas regras.
Nos países pobres, como o Brasil, infelizmente, somente uma mínima parte da população segue essas regras.
Continuamos um país pobre, simplesmente em função das nossas atitudes ou pela falta delas.
A solução dos nossos problemas começa dentro de cada um de nós!
As atitudes são como as pontuações de uma frase, elas podem mudar absolutamente tudo!
Se você quer mudar o mundo comece arrumando a sua própria cama!
José Luiz Ricchetti