Crônica: O bom exemplo das lagostas

Compartilhe este conteúdo:

cabeca-ricchetti Crônica: O bom exemplo das lagostas

Jordan Peterson é um psicólogo clínico canadense (PhD) professor de psicologia da Universidade de Toronto. Suas principais áreas de estudo são a psicologia analítica, social e evolucionista.

image-30 Crônica: O bom exemplo das lagostas

 Li o seu livro “As 12 Regras para a Vida – Um antídoto para o caos” onde ele aborda os doze princípios sobre como viver uma vida com maior significado.

Nesse livro, a partir de exemplos vívidos de sua prática clínica e vida pessoal, bem como de lições extraídas das histórias e mitos mais antigos da humanidade, ele nos oferece um antídoto para o caos em nossas vidas.

Um desses princípio é:

“Ande sempre de costas eretas e ombros para trás”.

Para explicar esta regra, Jordan Peterson conta a história de como as lagostas que disputam território e nos explicam toda a neuroquímica da derrota e da vitória.

Ele escolheu as lagostas por serem animais anteriores aos dinossauros. Assim, a escolha de Peterson evidencia um mecanismo físico que é bem anterior à cultura humana.

Quando uma lagosta vence uma disputa, ela adota uma postura imponente de vitória. Por outro lado, se ela perde, adota uma postura de derrota.

A partir disso a tendência é que as vencedoras continuem vencendo e sejam menos desafiadas e as lagostas derrotadas continuem a perder, pois passam a ser vistas como alvos fáceis.

Quando observamos as crianças na escola podemos perceber que aquela que sofre bullying, passa a adotar, a exemplo das lagostas que perderam, uma postura de inferioridade em relação àquelas que a atacam e exatamente por isso é que continuam a ser um alvo.

Por outro lado, aquelas crianças que revidam tendem a deixar de ser um alvo, porque impõem medo.

Todas as pessoas que agem como vítimas tendem a ser ingênuas e compassivas e acabam achando que ninguém tem a intensão de ferir os outros.

Exatamente esse tipo de pensamento é que faz com elas sejam um grande convite ao abuso, porque aqueles que querem causar danos sempre escolhem para atacar quem pensa desta maneira.

Peterson, utilizou essa analogia das lagostas para explicar que as hierarquias de dominância são muito mais antigas do que as árvores.

Ela simplesmente já existia na natureza.

Numa parte do livro ele nos diz algo assim:

“Se você se arrastar por aí com a mesma postura de uma lagosta derrotada, as pessoas vão lhe atribuir um status baixo, e o seu cérebro, vai lhe atribuir um número muito baixo de dominância”.

Por esta razão, o fato de existir um pequeno número de pessoas muito mais bem sucedidas do que outras não nos permite deduzir que a cultura tenha oprimido alguns e privilegiado outros.

É natural que os mais aptos continuem a conquistar e crescer, enquanto aqueles que desanimam e desistem, continuem a perder.

As lagostas vitoriosas têm alto nível de serotonina, substância que aumenta a sensação de prazer e bem-estar e consequentemente a autoestima. O inverso ocorre com as lagostas derrotadas que têm um nível baixo de serotonina.

No ser humano, baixos níveis de serotonina significam menos felicidade, mais dor, ansiedade, doença e uma expectativa de vida mais curta.

Pessoas deprimidas tendem a pensar em si mesmas como inúteis e passam a ter uma postura sem ânimo, sem força e sem vontade.

A sua postura é uma manifestação real de como anda o seu interior. Se a sua postura é ruim, ela não irá mostrar os seus aspectos de força interior.

A postura física correta é que nos encoraja para o desenvolvimento da nossa força interior.

Se você se apresentar como derrotado, as pessoas vão reagir a você como se fosse um perdedor. Se começar a se posicionar com as costas eretas e ombros para trás, elas irão passar a olhar para você e o tratarão de forma diferente.

Levantar a cabeça significa aceitar o fardo do seu ‘eu interior’. Seu sistema nervoso reage de uma forma totalmente distinta quando você enfrenta as demandas da vida voluntariamente. Você reage aos desafios em vez de se preparar para os desastres.

E por que Jordan Peterson escolheu que uma das 12 regras para a vida deveria ser manter a cabeça erguida, as costas eretas e os ombros para trás?

Porque está nos ensinando a colocar o caos da nossa vida em ordem. Está nos ensinando a assumirmos as responsabilidades de lutar contra os desafios da vida em vez de fugir deles. Está nos ensinando a falarmos o que pensamos e a apresentar nossos desejos como se fossem direitos.

Esta atitude simples, leva a todos os demais a nos verem como uma nova figura, agora competente e capaz.

Assim como diria o meu sargento na época do exército: –

– “Recruta! Peito pra frente e barriga pra trás! “

Assim, o melhor que podemos fazer agora é desenvolvermos logo o hábito da postura de sucesso, pois só assim o sucesso se tornará para nós um verdadeiro hábito.

José Luiz Ricchetti – 18/02/2022

Crônica: O bom exemplo das lagostas

Compartilhe este conteúdo:

cabeca-ricchetti Crônica: O bom exemplo das lagostas

Jordan Peterson é um psicólogo clínico canadense (PhD) professor de psicologia da Universidade de Toronto. Suas principais áreas de estudo são a psicologia analítica, social e evolucionista.

image-30 Crônica: O bom exemplo das lagostas

 Li o seu livro “As 12 Regras para a Vida – Um antídoto para o caos” onde ele aborda os doze princípios sobre como viver uma vida com maior significado.

Nesse livro, a partir de exemplos vívidos de sua prática clínica e vida pessoal, bem como de lições extraídas das histórias e mitos mais antigos da humanidade, ele nos oferece um antídoto para o caos em nossas vidas.

Um desses princípio é:

“Ande sempre de costas eretas e ombros para trás”.

Para explicar esta regra, Jordan Peterson conta a história de como as lagostas que disputam território e nos explicam toda a neuroquímica da derrota e da vitória.

Ele escolheu as lagostas por serem animais anteriores aos dinossauros. Assim, a escolha de Peterson evidencia um mecanismo físico que é bem anterior à cultura humana.

Quando uma lagosta vence uma disputa, ela adota uma postura imponente de vitória. Por outro lado, se ela perde, adota uma postura de derrota.

A partir disso a tendência é que as vencedoras continuem vencendo e sejam menos desafiadas e as lagostas derrotadas continuem a perder, pois passam a ser vistas como alvos fáceis.

Quando observamos as crianças na escola podemos perceber que aquela que sofre bullying, passa a adotar, a exemplo das lagostas que perderam, uma postura de inferioridade em relação àquelas que a atacam e exatamente por isso é que continuam a ser um alvo.

Por outro lado, aquelas crianças que revidam tendem a deixar de ser um alvo, porque impõem medo.

Todas as pessoas que agem como vítimas tendem a ser ingênuas e compassivas e acabam achando que ninguém tem a intensão de ferir os outros.

Exatamente esse tipo de pensamento é que faz com elas sejam um grande convite ao abuso, porque aqueles que querem causar danos sempre escolhem para atacar quem pensa desta maneira.

Peterson, utilizou essa analogia das lagostas para explicar que as hierarquias de dominância são muito mais antigas do que as árvores.

Ela simplesmente já existia na natureza.

Numa parte do livro ele nos diz algo assim:

“Se você se arrastar por aí com a mesma postura de uma lagosta derrotada, as pessoas vão lhe atribuir um status baixo, e o seu cérebro, vai lhe atribuir um número muito baixo de dominância”.

Por esta razão, o fato de existir um pequeno número de pessoas muito mais bem sucedidas do que outras não nos permite deduzir que a cultura tenha oprimido alguns e privilegiado outros.

É natural que os mais aptos continuem a conquistar e crescer, enquanto aqueles que desanimam e desistem, continuem a perder.

As lagostas vitoriosas têm alto nível de serotonina, substância que aumenta a sensação de prazer e bem-estar e consequentemente a autoestima. O inverso ocorre com as lagostas derrotadas que têm um nível baixo de serotonina.

No ser humano, baixos níveis de serotonina significam menos felicidade, mais dor, ansiedade, doença e uma expectativa de vida mais curta.

Pessoas deprimidas tendem a pensar em si mesmas como inúteis e passam a ter uma postura sem ânimo, sem força e sem vontade.

A sua postura é uma manifestação real de como anda o seu interior. Se a sua postura é ruim, ela não irá mostrar os seus aspectos de força interior.

A postura física correta é que nos encoraja para o desenvolvimento da nossa força interior.

Se você se apresentar como derrotado, as pessoas vão reagir a você como se fosse um perdedor. Se começar a se posicionar com as costas eretas e ombros para trás, elas irão passar a olhar para você e o tratarão de forma diferente.

Levantar a cabeça significa aceitar o fardo do seu ‘eu interior’. Seu sistema nervoso reage de uma forma totalmente distinta quando você enfrenta as demandas da vida voluntariamente. Você reage aos desafios em vez de se preparar para os desastres.

E por que Jordan Peterson escolheu que uma das 12 regras para a vida deveria ser manter a cabeça erguida, as costas eretas e os ombros para trás?

Porque está nos ensinando a colocar o caos da nossa vida em ordem. Está nos ensinando a assumirmos as responsabilidades de lutar contra os desafios da vida em vez de fugir deles. Está nos ensinando a falarmos o que pensamos e a apresentar nossos desejos como se fossem direitos.

Esta atitude simples, leva a todos os demais a nos verem como uma nova figura, agora competente e capaz.

Assim como diria o meu sargento na época do exército: –

– “Recruta! Peito pra frente e barriga pra trás! “

Assim, o melhor que podemos fazer agora é desenvolvermos logo o hábito da postura de sucesso, pois só assim o sucesso se tornará para nós um verdadeiro hábito.

José Luiz Ricchetti – 18/02/2022

Notícias da nossa Região