Vereador de Botucatu manda manifestante “calar a boca” em discussão sobre reajuste dos servidores

Na sessão desta segunda-feira (26), um momento de tensão marcou o debate sobre o reajuste salarial dos servidores municipais em Botucatu. O presidente da Câmara, vereador Cula (MDB), mandou uma manifestante “calar a boca” após ser interpelado durante sua fala. Em nota, o parlamentar se desculpou pelo episódio.

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Clima tenso e nota de desculpas após episódio na câmara municipal

A noite de 26 de maio foi marcada por um clima acalorado na Câmara de Botucatu durante a sessão que discutia propostas de reajuste salarial para servidores públicos municipais. O presidente da Casa, vereador Cula (MDB), subiu à tribuna para comentar os projetos em pauta, mas foi interpelado por integrantes do público, que acompanhavam atentamente o debate. Parte dos presentes manifestou-se de forma contrária ao índice de aumento proposto pela Prefeitura, elevando a tensão no plenário.

De acordo com o Regimento Interno do Legislativo, manifestações do público são proibidas durante as sessões. Diante das interrupções e da desordem nas galerias, Cula respondeu a uma cidadã direcionando-lhe a expressão “calar a boca”, o que gerou forte reação tanto no ambiente quanto nas redes sociais, onde o vídeo do momento ganhou ampla circulação.

A repercussão levou o portal Acontece Botucatu a procurar o presidente, que enviou nota oficial lamentando profundamente o ocorrido. Segundo o comunicado, a expressão foi utilizada na tentativa de restabelecer a ordem, já que o presidente não conseguiu concluir sua fala devido à movimentação dos servidores. A Presidência da Câmara apresentou sinceras desculpas à população e aos servidores municipais, reafirmando seu compromisso com o respeito e a cordialidade no ambiente legislativo.

A sessão contou com presença significativa de funcionários públicos municipais, que protestavam por melhorias e criticavam o índice proposto. As discussões foram marcadas por discursos acalorados tanto dos vereadores quanto do público. A Direção da Casa reforçou que, conforme o artigo 14, inciso IX, alínea “b”, do Regimento Interno, é proibida qualquer manifestação nas galerias durante sessões, medida voltada para garantir a ordem e o andamento dos trabalhos.

Por fim, a Câmara informou que não houve qualquer reajuste nos subsídios dos vereadores para a legislatura 2025–2028, sendo aprovados apenas reajustes para servidores, prefeito, vice-prefeito e secretários municipais naquela sessão extraordinária. Segundo a nota, o interesse e a presença dos funcionários públicos demonstram a importância da transparência e do diálogo nas ações do Legislativo, valores que a Casa diz manter como prioridade mesmo diante de episódios de tensão.