Um trágico incidente ocorreu em Leme (SP) no domingo, 1º de dezembro de 2024, resultando na morte de Bruno Willian Ambrósio Figueiredo, de 30 anos, durante uma tentativa de internação forçada em uma clínica de reabilitação. O caso chocou a comunidade local e levantou sérias questões sobre os métodos utilizados em internações involuntárias.

Segundo o boletim de ocorrência, a família de Bruno contratou a empresa “Torino Remoções”, de São Paulo, para realizar a internação à força. Durante a abordagem, que Bruno desconhecia e não consentiu, a equipe de remoção aplicou golpes de estrangulamento para contê-lo, resultando em sua morte.
A Dra. Amanda Dias Biolchi, médica de plantão na Santa Casa onde Bruno foi levado sem vida, relatou: “Observamos várias lesões em volta do pescoço, consistentes com estrangulamento. O laudo do exame de corpo de delito sugere asfixia mecânica como causa da morte.”
O pai de Bruno, Sérgio de Oliveira Figueiredo, havia alertado a equipe de remoção sobre a possível resistência do filho. Em uma conversa por WhatsApp, um funcionário da empresa assegurou ter experiência em lidar com situações semelhantes, mas os eventos tomaram um rumo trágico.
Helena Maria Balduino de Moraes, advogada da Torino Remoções, defendeu as ações da equipe: “O paciente estava muito agressivo, necessitando de contenção física. A família autorizou procedimentos mais firmes se necessário. Infelizmente, após a imobilização, notou-se uma piora em seu estado, levando à decisão de levá-lo ao hospital.”
A Polícia Civil de Leme abriu uma investigação detalhada sobre o incidente. Até o momento, ninguém foi preso, mas as autoridades estão analisando cuidadosamente as circunstâncias que levaram à morte de Bruno.
O corpo de Bruno foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) em Limeira (SP) para exames adicionais. O velório está programado para esta tarde no Velório Antônio Luiz Dellai em Leme, com o enterro previsto para às 17h no Cemitério São João Batista.
Texto: Thiago Melego – Rádio Clube de São Manuel