(texto criado e escrito por José Luiz Ricchetti)
Peguei alguns dias de folga neste final de ano e fui a Bahia.
Num daqueles dias maravilhosos nas pragas baianas, sentado na praia entre coqueiros e muito sol, fiquei admirando as ondas do mar se quebrarem na beira da areia, sorvendo daquela malemolência característica que as férias, o calor e a brisa gostosa vinda do mar, todos juntos, me proporcionavam.
Entre uma água de coco e outra, observações e pensamentos, comecei, aos poucos, a perceber a grande lição que a natureza nos dá e que talvez não prestemos muita atenção…
Naquele momento percebi que:
A brisa não refresca a si mesma
O mar não bebe da própria água
O coqueiro não come do próprio coco
A estrela não ilumina a si mesma
A montanha não escala a si própria
O sol não brilha para si mesmo….
Percebi que a natureza me mostrava, a cada lufada de brisa e a cada raio de sol a aquecer a minha pele que a regra principal vigente era a de viver, produzir, gerar, enfeitar, espalhar, iluminar para os outros e nunca para si própria.
Não há egoísmo na natureza…
Será que somos assim também?
O ser humano, deveria também servir aos outros e não só a si próprio.
Afinal acho que temos dentro de nós algo que precisa ser trabalhado e que possa nos impelir, naturalmente, a ajudar os outros e não sermos egoístas.
Se conseguirmos extrair esse algo bom, de dentro de nós, veremos que quando estamos felizes a vida nos parece ser muito boa, mas ela só é realmente maravilhosa quando conseguimos fazer os outros felizes.
O estar feliz de verdade só é possível quando vemos os outros felizes, quando notamos aquele sorriso aberto estampado no rosto daquele a quem acabamos de ajudar de alguma forma.
Será que não estamos no momento de seguirmos o exemplo da natureza e sermos feliz de verdade adotando a tal da felicidade compartilhada?
José Luiz Ricchetti – 08/01/2022