
Certa vez, quando estava em uma viagem de trabalho, fui acometido de uma crise de rins.
Era de madrugada, eu estava em um hotel e não sabia a quem recorrer. A única coisa que pensei em fazer foi entrar na banheira com água quente e ficar lá num banho de imersão, tomando muita água.
Quando a dor se tornou insuportável, mesmo sendo de madrugada, liguei para um cliente, mais próximo, que gentilmente acionou um médico, seu amigo. O médico, então gentilmente me atendeu, me medicou e me aconselhou a continuar a beber muita água, até que a pedra fosse expelida.

Por sorte era uma pedra pequena, que no meio da tarde, do dia seguinte, saiu, para meu enorme alívio.
Poucos dias depois convidei, este meu cliente e seu amigo médico para um almoço, como forma de agradecimento, pela ajuda.
Ele havia se formado e depois, de alguns anos de carreira foi fazer um estágio no Japão. Lá teve contato com vários outros médicos e me contou especialmente sobre um médico japonês, que lhe havia dado uma nova visão, sobre a origem das doenças.
Ele então me disse:
– Aprendi com esse médico japonês que toda enfermidade é um conflito entre a nossa personalidade e a nossa alma e que ela nunca é má e só vem para nos avisar que erramos a direção.
Veja alguns exemplos:
– O resfriado aparece quando o corpo não chora.
– A garganta dói quando não expressamos nossas aflições.
– O estômago arde quando a raiva não consegue sair.
– O diabetes invade quando não aguentamos a solidão.
– O corpo engorda quando a insatisfação nos aperta.
– A dor de cabeça deprime quando nossas dúvidas aumentam.
– O coração desiste quando o sentido da vida não faz sentido.
– A pressão sobe quando o medo nos aprisiona.
– Os ossos doem quando o orgulho não se dobra.
– O câncer mata quando nos esquecemos de perdoar.
– As pedras no rim aparecem quando temos medo e insegurança…
Fiquei tão impressionado com aquela nova visão sobre a origem das doenças e principalmente sobre o aspecto das pedras no rim, relacionadas com o medo e a insegurança.
Então me dei conta que estava com um novo projeto e que tinha muitas dúvidas sobre ele. Eu estava realmente inseguro…
Refletindo sobre aquela nova visão, o projeto, minha insegurança, as pedras do rim…. Tudo aquilo fez com que ao me deitar, eu começasse a brigar com o sono.
Peguei então uma revista, na cabeceira da cama, para me distrair. Como nada ocorre por acaso nesta vida, vi que na sua contracapa havia um pequeno poema, que só veio complementar todos aqueles novos ensinamentos, que tinha recebido:
“O Rally da vida nunca é composto só de retas! Não tema! Para vencer temos que entrar no carro e pilotar, sem medo de errar e sem se preocupar com os obstáculos!
Você encontrará muitas curvas chamadas equívocos, mas terá faróis para iluminar, chamados de amigos, luzes de avisos dos seus pais, peças de reposição chamadas decisões, um potente motor chamado amor, um ótimo seguro chamado fé, um abundante combustível chamado paciência e o melhor de tudo:
Um maravilhoso navegador chamado Deus!”
José Luiz Ricchetti – 19/08/2021