Comitiva de prefeitos sai sem respostas de reunião com o Governo do Estado

Prefeitos terão de trabalhar mais por conta própria e depender o mínimo possível do Governo de São Paulo, dizem analistas.

Uma comitiva com 25 prefeitos da nossa região foi a São Paulo nesta nessa semana, onde buscavam ouvir do Governo do Estado, detalhes sobre a implantação de novos leitos de UTI e enfermaria na região prometidos no fim de janeiro, porém, os mesmos saíram da capital sem obter várias respostas e segundo vários deles, frustrados.

O prefeito Ricardo Salaro juntamente com prefeitos das cidades de Agudos, Areiópolis, Botucatu, Duartina, Itatinga, Jaú, Lençóis Paulista, Lins, Macatuba, Pederneiras Pirajuí, Pratânia e Promissão, integrantes do Departamento Regional de Saúde de Bauru (DRS 6) se reuniram na tarde da última quarta-feira (17), com o secretário do Desenvolvimento Regional do Estado, Marcos Vinholi e com o Secretário Executivo Rubens Cury. Como sempre, o Governador do Estado, João Dória, não esteve presente.

Durante a reunião, os secretários do estado apresentaram um número pequeno de leitos abertos, mas quando questionados onde estão estes leitos (já que os prefeitos desconhecem), nem mesmo eles souberam responder. A de novos leitos é importante para que a região tenha condições técnicas de sair da fase vermelha, a mais restritiva do Plano São Paulo e reabrir sua economia.

Também foi solicitada revisão imediata do Plano São Paulo para classificação geral do Estado de São Paulo com parâmetro homogêneo, considerando o índice geral das vagas de UTI no território paulista, cessando o faseamento regional e aliviando a pressão do sistema de Saúde da DRS-6, o que vai permitir um fomento mínimo de setores da economia impossibilitados de trabalhar na fase vermelha.

“Se o Estado criar as novas vagas de UTI prometidas em nossa região, poderemos atender melhor a população e iremos desafogar os principais hospitais que estão sobrecarregados e ainda propiciar que a atividade econômica funcione, observando sempre as regas sanitárias impostas. Aqui em São Manuel, por exemplo, temos condições da abertura de mais 2 leitos de UTI e mais 3 de enfermaria no hospital local”, disse Salaro.

Em resposta a reivindicação dos prefeitos, o Governo do Estado prometeu acionar a Secretaria da Saúde e o Centro de Contingência para respostas efetivas quanto ao cronograma de abertura total dos leitos prometidos em janeiro (e que não foi apresentado aos prefeitos), onde já foram implantados, onde e quando serão abertos os demais e ainda sobre o reenquadramento de fase dentro do Plano São Paulo, o que acabou descontentando os prefeitos presentes, que esperavam que essas ações já fossem implantadas de imediato, como havia sido prometido.

O Governo do Estado havia anunciado no final de janeiro a abertura de 287 leitos para Covid-19 em 11 municípios da DRS-6, o que até o momento não aconteceu, indo na contra mão dos casos de contaminação pelo novo coronavirus, que aumentaram significativamente em toda a região, desde o último mês de janeiro.

Os prefeitos também propuseram a ampliação das redes municipais de atendimento à Covid-19 dentro da DRS-6, desde que a Secretaria da Saúde organize visitação técnicas aos hospitais e Santas Casas das cidades.

Segundo Ricardo Salaro, prefeito de São Manuel, embora as UTIs da região estejam com ocupação de 100%. O Estado de São Paulo num todo conta com a ocupação dos leitos em 60%. Por que não exportar doentes para evitar que a economia da região fique em frangalhos?

O prefeito de Botucatu, Mário Pardini, criticou a gestão da DRS 6 de Bauru e comentou que desde o início da pandemia, saiu de dentro da própria DRS uma denúncia contra as parcerias para testagem implantadas em Botucatu para as cidades do Cuesta e disse ainda, que nunca recebeu se quer uma ligação da diretora da DRS.

“A recriação de uma DRS em Botucatu que atenda aos municípios do Polo Cuesta e bacia de Paranapanema deve ser efetivada ainda neste ano de 2021. Isso só não deve acontecer agora por que certas mudanças num momento de crise, só atrapalham as questões administrativas”, disse Ricardo Salaro.

As reivindicações apresentadas foram endossadas pelas seguintes cidades pertencentes a DRS 6 de Bauru: Lençóis Paulista, Botucatu, Itapuí, Brotas, Igaraçu do Tietê, Dois Córregos, Iacanga, Macatuba, Promissão, Itaju, Pederneiras, Paulistânia, São Manuel, Borebi, Bocaina, Agudos, Jaú, Mineiros do Tietê, Reginópolis, Lins, Pratânia, Sabino, Boracéia, Bariri, Duartina, Areiópolis, Barra Bonita, Arealva, Presidente Alves, Avaí, Avaré, Coronel Macedo, Iaras, Cerqueira César, Taquarituba, Cafelândia, Pirajuí, Balbinos, Guaiçara, Itatinga, Paranapanema, Arandu, Taguaí, Angatuba, Tejupá, Itaporanga e Barão de Antonina.

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