COLUNA DO RICCHETTI – O meu coração nunca muda de lugar

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Amigos-de-infancia COLUNA DO RICCHETTI - O meu coração nunca muda de lugar

Há amizades que parecem brotar como flores no jardim da vida. Primeiro tímidas, depois exuberantes, tomando espaço no nosso coração. Mas, vez ou outra, algumas murcham. Não por falta de cuidado, mas por razões que a gente não consegue compreender. É como se o vento, com seu sopro sutil, as afastasse. Será que falei algo errado? Fiz alguma coisa que incomodou? Ou, simplesmente, nossas energias seguiram caminhos opostos, como os polos de um ímã que se repelem?

Não gosto de pensar em afastamentos como algo definitivo. Prefiro acreditar que a vida, com sua coreografia misteriosa, traça planos que não conseguimos enxergar. Talvez a separação seja apenas parte desse movimento maior. Mas, no fundo, o coração insiste em não mudar nada.

Fico imaginando onde andamos nós amigos, que mal nos falamos. Seria a pressa que nos engoliu? Ou os compromissos, sempre tão urgentes, que nos colocaram em lados opostos da maratona da existência? É tão fácil culpar o tempo, mas no silêncio dos dias me pego pensando: será mesmo o tempo ou apenas o sopro das escolhas? Afinal como se diz, o tempo é questão de prioridade…

Mas deixo aqui um recado, como quem pendura uma carta no varal da saudade:

– Apesar da distância, o afeto permanece intacto por cada um de vocês. Por mais que o vento leve folhas para longe, o meu coração nunca muda de lugar.

A vida pode ser esse outono que insiste em nos dispersar. Somos folhas que dançam no ar, mas sempre haverá o galho de onde viemos, o solo que nos nutriu. Por isso, meu peito continua aberto, minha mão estendida, meu ombro à disposição. Se, por acaso, o vento resolver mudar de direção, saibam que estou aqui, no mesmo lugar.

E não é que eu viva preso ao passado. Amizades verdadeiras não se apagam. Elas podem hibernar, como árvores em inverno rigoroso, mas, quando o sol da oportunidade volta a brilhar, o verde sempre renasce. Porque o meu coração, ah, ele nunca muda de lugar.

José Luiz Ricchetti

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Há amizades que parecem brotar como flores no jardim da vida. Primeiro tímidas, depois exuberantes, tomando espaço no nosso coração. Mas, vez ou outra, algumas murcham. Não por falta de cuidado, mas por razões que a gente não consegue compreender. É como se o vento, com seu sopro sutil, as afastasse. Será que falei algo errado? Fiz alguma coisa que incomodou? Ou, simplesmente, nossas energias seguiram caminhos opostos, como os polos de um ímã que se repelem?

Não gosto de pensar em afastamentos como algo definitivo. Prefiro acreditar que a vida, com sua coreografia misteriosa, traça planos que não conseguimos enxergar. Talvez a separação seja apenas parte desse movimento maior. Mas, no fundo, o coração insiste em não mudar nada.

Fico imaginando onde andamos nós amigos, que mal nos falamos. Seria a pressa que nos engoliu? Ou os compromissos, sempre tão urgentes, que nos colocaram em lados opostos da maratona da existência? É tão fácil culpar o tempo, mas no silêncio dos dias me pego pensando: será mesmo o tempo ou apenas o sopro das escolhas? Afinal como se diz, o tempo é questão de prioridade…

Mas deixo aqui um recado, como quem pendura uma carta no varal da saudade:

– Apesar da distância, o afeto permanece intacto por cada um de vocês. Por mais que o vento leve folhas para longe, o meu coração nunca muda de lugar.

A vida pode ser esse outono que insiste em nos dispersar. Somos folhas que dançam no ar, mas sempre haverá o galho de onde viemos, o solo que nos nutriu. Por isso, meu peito continua aberto, minha mão estendida, meu ombro à disposição. Se, por acaso, o vento resolver mudar de direção, saibam que estou aqui, no mesmo lugar.

E não é que eu viva preso ao passado. Amizades verdadeiras não se apagam. Elas podem hibernar, como árvores em inverno rigoroso, mas, quando o sol da oportunidade volta a brilhar, o verde sempre renasce. Porque o meu coração, ah, ele nunca muda de lugar.

José Luiz Ricchetti

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