Feliz ano novo amigos. – Por José Luiz Ricchetti

Feliz ano novo amigos. – Por José Luiz Ricchetti

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Todos os anos, a época das festas, nos remete a rever o filme, daquele ano que passou. 

É inevitável fazermos o balanço, mesmo que involuntário, do que ocorreu durante o ano, que chegou ao fim.


Como já nos lembrou, certa vez, um grande poeta, alguém na sua genialidade, teve a brilhante ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano.

Por outro lado, infelizmente, hoje não recebemos mais cartões de final de ano.


Os cartões eram mais personalizados e acredito transmitiam melhor o carinho e os sentimentos de cada um de nós. 


Abrir um cartão e reconhecer aqueles que tinham se lembrado de nós, era um ato carregado de muita expectativa e emoção.

Hoje, somente nossas caixas de e-mail, nosso WhatsApp e Face Book é que se enchem de mensagens, vindas de pessoas, familiares e amigos.


“Feliz Natal e Próspero Ano Novo”, são as mais tradicionais, as que mais recebemos e que representam, na verdade, todas as demais, mesmo quando alguém busca uma palavra ou foto mais bonita ou até um poema, para transmitir sua saudação.

Os dizeres não importam muito, mas sim, os sentimentos verdadeiros que ali estão embrulhados em pacotinhos feitos de amor, de dentro do nosso coração, para todos aqueles que queremos bem.


Nesse momento do ano precisamos entender que mais uma etapa da vida chega ao seu final, e não devemos tentar vivê-la, mais que o necessário, pois perderemos a alegria e o sentido das futuras passagens que virão e que são necessárias para continuarmos com nossa missão terrena.

Encerrar ciclos, fechar portas, terminar capítulos é a melhor maneira de deixarmos no passado aqueles momentos da vida que 

já se acabaram e que já deixaram os seus aprendizados.

O Ano Novo é o momento de nos abrirmos para os novos tempos, para as novas experiências.


É nessa hora que devemos nos desfazer de determinadas lembranças e abrir espaço para que outras entrem e tomem o seu lugar.


Devemos deixar ir embora as coisas que já passaram e nos soltar mais, nos desprender mais e nos abrir para as novas experiências, os novos horizontes que com certeza virão.


Este é o momento certo para aceitar as derrotas, esquecer as tristezas e com a cabeça erguida, e colocar os olhos adiante e caminhar com a leveza de uma mulher e a inocência de uma criança, rumo ao futuro.

É a hora de plantar um novo jardim e enfeitar a própria alma, sem esperar que alguém apanhe e nos traga suas lindas rosas.


Este ano, em especial, eu iria receber, em casa, os amigos mais próximos de Sampa, para a passagem do ano, porque estávamos em plena pandemia e todo cuidado era pouco.


Era uma rara oportunidade de agradecer a cada um desses amigos queridos, por tudo que já fizeram por nós, mesmo quando estivemos longe por dois anos.

Enquanto me preparava para recebê-los, pois o momento da preparação é sempre muito gostoso, antes de qualquer evento, comecei a pensar no sentido da amizade e em todos esses amigos que preencheram parte da minha vida, até aqui.

Me lembrei de cada um daqueles que viriam passar o ano novo conosco e imediatamente agradeci a Deus por eles. 


Este ano em particular eles trariam ainda mais vida, mais amor, pois viriam com suas extensões, suas crianças, para se juntar a minha filha de 5 anos.


Todos eles para participar do ritual de esquecer o velho, e colocar as esperanças no novo e principalmente nas nossas crianças, responsáveis que serão pelo futuro do país e do mundo.


Pensando nessas crianças, me veio à mente que serão elas que terão muito mais oportunidades do que todos nós de cometerem mais erros.


Serão elas que poderão tentar não serem tão perfeitas, ter menos pressa e muito menos medo.


Serão elas que poderão dar mais valor as pequenas coisas, levar as coisas nem tanto a sério, ser mais alegres e aprender a correr mais riscos.


Serão elas que poderão viajar mais, ver mais entardeceres, contemplar mais estrelas, subir mais montanhas e nadar em mais rios….

Aquela preparação para receber os amigos me fez também refletir e recordar dos muitos outros amigos, que já passaram pela minha vida.

Amigos que estão longe, amigos antigos, amigos recentes, amigos parentes, amigos que vejo a cada dia e amigos que raramente encontro.


Amigos sempre lembrados e amigos que as vezes ficam esquecidos, amigos que sem querer, eu magoei, ou sem querer me magoaram, amigos a quem conheço profundamente e aqueles de quem conheço apenas a aparência.


Amigos que pouco me devem e aqueles a quem muito devo, amigos humildes e amigos importantes, amigos que já se foram….


Enfim estava ali a oportunidade de viver mais um bom momento da vida, gastá-lo com sabedoria, pois a vida é feita de bons e maus momentos e todos nós temos que ter a inteligência de tirar de cada um deles o seu melhor.

E aí como que para fechar esta minha crônica, se abre mais uma caixinha da minha mente, para sair de lá estes lindos versos de Milton Nascimento:


“Amigo é coisa para se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração. Amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito, mesmo que o tempo e a distância, digam não, pois o que importa é ouvir a voz que vem do coração! ”

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thiagomelego

Jornalista por tempo de serviço, Radialista, Administrador, tecnólogo em Recursos Humanos. Estuda Análise e Desenvolvimento de Sistemas.

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