“Eu te amo” – Por José Luiz Ricchetti

“Eu te amo” – Por José Luiz Ricchetti

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Man Hand writing Te Amo ( I Love You In Spanish) with black marker on visual screen. Isolated on sky. Business, technology, internet concept. Stock Photo

Você já disse “Eu te amo” hoje?

Esta foi a pergunta que comecei a me fazer hoje, quando assisti um vídeo, recebido de uma amiga, que falava, como as pessoas tem dificuldade em dizer essa frase.

Refletindo sobre isso percebi que também já tive essa mesma dificuldade de dizer essas palavras mágicas, que nos parecem, a princípio, tão difícil de falar, de pronunciar.

Hoje percebo que foi preciso surgir na minha vida, meu anjinho, minha filhinha, que hoje tem quase cinco anos, para me libertar desse ‘trauma’.

Não sei dizer hoje, quantas vezes, falo, todos os dias, essas 3 palavrinhas.

Sei que são muitas vezes e isso é uma das coisas que me traz a energia, o pensamento positivo, a esperança e torna o meu dia muito mais leve, como se eu flutuasse, como se eu voasse na busca da energia infinita.

Hoje percebo o poder que, essas palavras têm.

Dizer ‘Eu te amo’ nos liberta, cria asas, gera energias, nos transforma, nos faz voar, nos torna mais jovens, mais decididos, mais esperançosos, mais amorosos, mais orgulhosos de nós mesmos, e acredito até, mais conscientes de que não viemos para este mundo a passeio.

A princípio pode nos parecer uma coisa tola, sem sentido, que apenas dizer essas palavras, nos traz tudo isso.

Mas podemos perceber que essas palavras, quando ainda não a digerimos, quando não a absorvemos na alma, nos constrange, nos inibe, nos envergonha, e cria uma barreira que faz com que não sejamos nós mesmos, nem conosco e tampouco com as pessoas que nos cercam, seja em casa, seja no trabalho ou com os amigos.

Temos que nos libertar desses preconceitos bobos, que principalmente nós, os homens, temos, com aquele machismo impregnado nos usos e costumes, exatamente da mesma maneira como existe aquele estigma de que ‘homem não chora’.

Eu posso dizer com todas as letras que o homem chora e deve chorar sempre, pois os sentimentos foram feitos para serem expressos, toda vez que surgem na nossa vida.

Nossa alma está sempre conectada com o coração e os sentimentos, sejam de alegria, de tristeza, de reconhecimento, de amor, de perdão devem ser expressos através dos sentidos. Portanto o homem chora e deve mesmo chorar e eu digo, sem preconceito ou vergonha, que choro e choro muito, quando necessário.

Por outro lado, o bem querer, aquelas palavras simples que falamos em inúmeras circunstâncias, como: ‘Tudo bem? ’; ‘Pegou sua blusa?; ‘Me avisa quando chegar’; ‘Tome cuidado’; ‘Boa viagem’; ‘Cuide-se! ’; ‘Bom te ver’; ‘Volta logo’; ‘Apareça sempre’; ‘Saudades’, ou mesmo aquelas manifestações físicas do carinho, do abraço e do beijo, são importantes manifestações de amor, mas não tem o mesmo poder das 3 palavras sinceras: ‘Eu te amo’.

Recentemente, em outra crônica, falei sobre as gavetas que temos no coração onde estão, muito bem guardados as energias de cada acontecimento, de cada carinho, de cada lágrima, de cada sorriso, de cada tristeza, de cada saudade, de cada amor, de cada desamor, de cada beijo, de cada abraço, de cada emoção.

Também descrevi, recentemente, como a nossa memória afetiva, consegue enganar o tempo e manter jovem todas as energias dos nossos sentimentos, guardadas na ‘caixinha das emoções’, dentro do nosso coração.

Assim com certeza, cada vez que dizemos: ‘ Eu te amo’, um fluxo enorme de energia boa, armazenada, flui dessas gavetas, dessas caixinhas do coração, em direção àquelas pessoas, com as quais estamos trocando energias.

Dizer ‘Eu te amo’, junto com um bom dia é como servir um cafezinho quente para o estômago da nossa alma, pois acalenta, reconforta, anima e traz junto todo o sabor delicioso do amor perfeito, do amor correspondido.

É como distribuir doses de amor sem data marcada, sem agenda, sem o compromisso com o tempo. É como sorver pílulas de amor sincero e puro, distribuídas por alguém que dispensou seus preconceitos, seus medos e manifestou livremente suas emoções.

Assim, temos que aproveitar, os novos tempos em que não existe mais a rigidez e a tradição da educação sisuda, cheia de amores e emoções escondidas, camufladas, não manifestadas e aproveitar a palavra da moda para que dizer que temos que trazer ‘diversidade’ para as nossas emoções e falarmos sem qualquer medo, ou preconceito, ou barreira, todos os dias, essas palavras, a quem queremos bem.

Hoje em dia, nestes tempos de mundo virtual, e ainda mais com essa pandemia a ameaçar os nossos relacionamentos, onde faltam aquelas manifestações físicas, de um abraço, de um beijo e até do contato visual direto, precisamos de muito mais humanidade.

Muito mais do que de inteligência, precisamos hoje de demonstrações de afeição, de doçura, precisamos nos expressar ainda melhor com as palavras.

Por isso é melhor começarmos logo, a dizer sem medo:

‘Eu te amo”

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thiagomelego

Jornalista por tempo de serviço, Radialista, Administrador, tecnólogo em Recursos Humanos. Estuda Análise e Desenvolvimento de Sistemas.

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