O vírus e o planeta terra, por José Luiz Ricchetti

O vírus e o planeta terra, por José Luiz Ricchetti

33ABBB65-D6D0-4515-8EAE-89F4F6D45547-scaled O vírus e o planeta terra, por José Luiz Ricchetti

Quando me mudei para o interior do estado, no início de 2018, mais precisamente para a cidade de São Carlos, depois de quase 50 anos vivendo em São Paulo, uma das muitas diferenças que senti, logo nos primeiros dias, foi em relação ao clima.

Me lembro que alguns dias depois que cheguei um amigo me telefonou:

– E aí como está a nova vida do interior?

– Ótimo, redescobri que o céu tem estrelas e os passarinhos ainda cantam! Respondi brincando….

Ahh mas isso também você tinha aqui em Sampa. Ele logo me questionou…

– É verdade, retruquei, mas, a grande diferença é que nas grandes cidades, estamos sempre tão estressados que nem notamos mais essas coisas….

Esta última frase, que eu disse, a ele, no telefone me fez pensar como esta nossa vida corrida, a necessidade de ganhar o nosso sustento, nesse mundo altamente competitivo, a velocidade das informações da era digital, e mais uma infinidade de outros fatores da vida moderna nos levaram a esquecer das coisas simples, das coisas da natureza fazendo com que nos tornássemos cada vez mais pessoas insensíveis.

Os nossos valores passaram a ter como foco principal de um lado o trabalho, a procura por mais capacitação e de outro a fobia por mais e mais informações e conhecimentos.

Tudo isso nos levou a esquecer o real valor da família, a necessidade de convívio com os amigos e do quanto realmente vale um beijo, um abraço e um aperto de mão.

O trabalho desenfreado passou a justificar a nossa necessidade de ter que usufruir de jantares no final de semana, de férias no exterior, de carros novos, de casas de praia, de roupas de grife, enfim coisas que hoje percebemos se tornaram absolutamente supérfluas, frente aos reais problemas desta pandemia do Corona vírus.

Foi preciso aparecer esse pequeno ser invisível, para que todos nós fôssemos colocados no seu devido lugar e convidados rapidamente a repensar o rumo de nossas vidas, se perguntando: O que vale mais o ‘ter’ ou o ‘ser’?

Eu diria até que a pergunta mais apropriada seria: O que vale mais ‘ter’ ou ‘viver’?

Hoje percebemos que nem todo o dinheiro do mundo pode aplacar o medo e insegurança no futuro que nos aflige e nem tampouco pode garantir o ‘respirador’ ao nosso lado, tão necessário, para nos manter vivos, se viermos a ser internados num hospital.

As mais importantes capitais da Europa, que há poucas semanas respiravam o ar do glamour e da riqueza, hoje não conseguem nem mesmo ter a mínima estrutura e tempo necessário para poder velar e enterrar seus mortos.

Descobrimos, em questão de poucos meses, que o valor das joias, o luxo dos carros e os relógios de grife, não servem para garantir uma simples refeição e nem tampouco pode prover o oxigênio, tão necessário para pulmões doentes.

Todos nós seres humanos, pobres ou ricos, independentes de sexo, raça, cor, credo ou gênero, estamos hoje de joelhos perante um reles inimigo gestor de uma crise imprevisível.

Por outro lado, com a parada obrigatória e a quarentena, o nosso planeta passou a respirar aliviado e agradecer a possibilidade de poder gerar um ar mais puro, um céu mais azul e ter os mares e rios mais limpos.

Todos os organismos vivos da Terra aproveitam agora este momento de pausa obrigatória e procuram se curar e se regenerar dos inúmeros males que têm sofrido, desde que os primeiros seres humanos começaram a habitar e explorar este planeta.

O mundo que conhecemos e vivemos até hoje, jamais será o mesmo, após essa pandemia.

Espiritualmente já sabemos, e as mensagens são muito claras, estamos no processo de mudança, com o nosso Planeta, saindo de um estágio de ‘Expiação e Provas’ onde o mal ainda predomina, para um ‘Planeta de Regeneração’ onde o bem sempre irá predominar.

Mas a transição não será fácil, nem tranquila. Teremos momentos turbulentos de sofrimento e dor, mas como tudo nesta vida irá passar e o sol ressurgirá com sua luz brilhante e clara iluminando o novo planeta Terra, que como Fênix ressurgirá das suas cinzas.

Não há o que temer, temos sim é que nos manter na fé, na esperança e sempre crentes na interminável misericórdia divina, tendo a certeza de que o mundo que irá surgir será muito melhor e que os valores espirituais comandarão suas ações.

O momento agora é de reflexão, de análise interior e de escolha. Temos que escolher entre migrar para um mundo inferior ou herdar um novo mundo de amor e paz que irá surgir.

Poderemos chorar aqui agora, através da nossa alma, mas com certeza, o sorriso do nosso espírito se tornará muito mais leve e mais bonito no novo mundo.

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thiagomelego

Jornalista por tempo de serviço, Radialista, Administrador, tecnólogo em Recursos Humanos. Estuda Análise e Desenvolvimento de Sistemas.

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